quarta-feira, 10 de abril de 2013


PAIS E FILHOS EM PSICOTERAPIA: O ATENDIMENTO CLINICO A UMA CRIANÇA.

 

       PROBLEMÁTICA E COMPREENSÃO DO CASO

       Pedro, vamos chamar assim a nosso paciente, foi levado a terapia pela mãe, chamada Maria, a partir de um encaminhamento realizado por um medico, do programa de saúde da família, por motivos de agressividade. Maria fez queixas dizendo que o filho era uma criança, volúvel e instável, verbalmente agressivo e que ele não gostava de brincadeiras tão normal, pelo contrario, gostava de ficar dentro de casa desenhando ou escrevendo livros, investigando um pouco a historia de Pedro e da sua família, foi relatado que a gravides de Pedro sofreu dificuldades o que obrigo a mãe a guardar repouso, e depois do nascimento de Pedro eles tiveram incompatibilidades sanguínea com a mãe, e segundo Maria o Pedro sempre foi frágil e sempre estavam grudados um com u outro. Com relação ao pai, ele trabalhava como pedreiro, um pai que sempre intentava dar todo o que as crianças precisavam, mas que muitas vezes falava bobeira na frente da família depois se arrependia e pedia desculpas, ele vem de uma família de pais um pouco ignorantes dize Maria, e o pai dele era alcoólico. Eu também so nervosa falo Maria, como unha e sempre tenho mudanças de humor, bipolaridade, as vezes não quero que as crianças falem comigo.

       A partir dessas queixas as sessões com o Pedro foi dirigida para descrever em que situações o Pedro ficava nervoso e agressivo, teve inicio a invesigaçao dos fenômenos e das variáveis que o compunham conforme Ribeiro (1992). Para compreender a problemática vivida  por Pedro, partindo da queixa trazida.

       Com o proceder das sessões, foi possível identificar que Pedro se sintia muito sozinho, não tinha outra criança para brincar com ele, e a  agressividade estava relacionada ao momento que ele chamava o colega para brincar de escrever livros e os outros não se interessavam com as brincadeira.

Com relação às dificuldades na escola foi percebido que  a mãe não tinha paciência para ajudar a Pedro nos deveres, pelo contrario ela cobrava muito do Pedro e sempre falava dos erros que ele cometia. Eles tinham uma relação de dependência a Maria se esquecia dela mesma, o Pedro logo após o seu nascimento teve  ocorrência de icterícia, fratura de perna, de anemia e de adenoide, então a mãe centro sua atenção no Pedro.

       Essa dinâmica de dependência que existia entre ele fazia com que a mae proteja em excesso, transmitindo insegurança para Pedro e fazando com que ele não enfrente os desafios e riscos da vida, segundo Laing, uma pessoa segura enfrentara todos os riscos da vida, sociais, éticos, espirituais e biológicos. Uma pessoa insegura vivenciara  situações comuns da vida como uma ameaça a sua existência.

       A partir da compreensão possibilitada pela entrevista se estabeleceu  o plano de intervenção da psicoterapia, da mesma a construção dos objetivos para cada sessão.

PLANO DA  INTERVENÇAO

       Dois aspectos fundamentais;

ü  Demarcações das relações de Pedro com a família, amigos e escola.

ü  Esclarecimento com a Mae de Pedro sobre a forma em que ela estava vivenciando as dificuldades do filho, gerando em ele comportamentos indesejáveis por ela.

No primeiro aspectos foram realizadas descrições de eventos por meio de desenhos e figuras, expressando a modificação que pode ser feita entre as relações de Pedro com a família, amigos e escola.

No segundo aspecto foi trabalhado com a mãe por meio de descrições de eventos e reflexões questões da maternidade, da educação e desenvolvimento do filho e também foi tratada a dificuldade de não deixar a os filhos em realizar suas próprias escolhas.

EVOLUÇAO CLINICA

       O desenvolvimento de Pedro com as tarefas dentro da terapia mostro muita criatividade, ele tinha que elaborar desenhos da família, coisas das quais ele gostava realizar, comer, desenhos da escola e das profissões, ele se mostro muito atento e sem nenhum problema de concentração pelo contrario muito motivado na realização da tarefa. Nos confesso que não tinha amigos, só contava com o irmão e dois primos que brincavam com ele, e o tempo todo passava do lado da mãe dentro de casa, confesso o medo de ficar sozinho no escuro, e sobre a escola dizia que não gostava porque tinha que ficar olhando para o quadro e não realizava tarefas que tenham a ver com seus livrinhos, e os colegas não queriam brincar com ele e que nunca encontrava companheiro para o jogo.

       Por meio dos desenhos foi estimulada a compreensão do Pedro sobre a problemática na escola, diferenciando por conta própria de forma independente as atividades que ele gostava de realizar e identificando as que não, construindo espontaneidade.

       Com relação a os colegas da escola Pedro percebeu que ele estava realizando escolhas que contribuíam para que se sentisse sozinho, sendo melhor realizar amizade e apreender novas brincadeiras, então foi descobrindo brincadeiras de bola, futebol, cartas, que promoveu a relação de uma rede de relações, sem deixar de fazer aquilo que gostava. Dessa forma ele percebeu que suas escolhas tinham participação direta na obtenção do seus desejos, em consequência alterou sua dinâmica de ser por meio da psicoterapia mostrando evidente amadurecimento com o decorrer da terapia tanto na realização de tarefas quanto na sua relações e reflexões realizadas. A mãe dizia que o filho estava mais tranquilo, características percebidas também pela professora, destacasse uma mudança nas expressões verbais, todo isto conspirando a que ele possa viabilizar seus desejos.

       Como segundo passo a terapia com a mãe também foi desenvolvida, já que a família desempenha papel fundamental na construção do ser do individuo e precisa ser aplicada no processo psicoterapêutico.

CONSIDERÇOES FINAIS

      Avalia-se que a psicoterapia nas relações de Pedro, possibilitou mudanças em seu eu, refletindo sobre si mesmo, fez mas do que assumir o que le foi imposto, e superou o dever-ser para situar-se no poder-ser.

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