PAIS E FILHOS EM
PSICOTERAPIA: O ATENDIMENTO CLINICO A UMA CRIANÇA.
PROBLEMÁTICA E COMPREENSÃO DO CASO
Pedro, vamos chamar assim a nosso
paciente, foi levado a terapia pela mãe, chamada Maria, a partir de um
encaminhamento realizado por um medico, do programa de saúde da família, por
motivos de agressividade. Maria fez queixas dizendo que o filho era uma
criança, volúvel e instável, verbalmente agressivo e que ele não gostava de
brincadeiras tão normal, pelo contrario, gostava de ficar dentro de casa
desenhando ou escrevendo livros, investigando um pouco a historia de Pedro e da
sua família, foi relatado que a gravides de Pedro sofreu dificuldades o que obrigo
a mãe a guardar repouso, e depois do nascimento de Pedro eles tiveram
incompatibilidades sanguínea com a mãe, e segundo Maria o Pedro sempre foi frágil
e sempre estavam grudados um com u outro. Com relação ao pai, ele trabalhava
como pedreiro, um pai que sempre intentava dar todo o que as crianças
precisavam, mas que muitas vezes falava bobeira na frente da família depois se
arrependia e pedia desculpas, ele vem de uma família de pais um pouco ignorantes
dize Maria, e o pai dele era alcoólico. Eu também so nervosa falo Maria, como
unha e sempre tenho mudanças de humor, bipolaridade, as vezes não quero que as
crianças falem comigo.
A partir dessas queixas as sessões com o
Pedro foi dirigida para descrever em que situações o Pedro ficava nervoso e
agressivo, teve inicio a invesigaçao dos fenômenos e das variáveis que o
compunham conforme Ribeiro (1992). Para compreender a problemática vivida por Pedro, partindo da queixa trazida.
Com o proceder das sessões, foi possível
identificar que Pedro se sintia muito sozinho, não tinha outra criança para
brincar com ele, e a agressividade
estava relacionada ao momento que ele chamava o colega para brincar de escrever
livros e os outros não se interessavam com as brincadeira.
Com relação às
dificuldades na escola foi percebido que
a mãe não tinha paciência para ajudar a Pedro nos deveres, pelo
contrario ela cobrava muito do Pedro e sempre falava dos erros que ele cometia.
Eles tinham uma relação de dependência a Maria se esquecia dela mesma, o Pedro
logo após o seu nascimento teve ocorrência
de icterícia, fratura de perna, de anemia e de adenoide, então a mãe centro sua
atenção no Pedro.
Essa dinâmica de dependência que existia
entre ele fazia com que a mae proteja em excesso, transmitindo insegurança para
Pedro e fazando com que ele não enfrente os desafios e riscos da vida, segundo
Laing, uma pessoa segura enfrentara todos os riscos da vida, sociais, éticos,
espirituais e biológicos. Uma pessoa insegura vivenciara situações comuns da vida como uma ameaça a
sua existência.
A partir da compreensão possibilitada pela
entrevista se estabeleceu o plano de intervenção
da psicoterapia, da mesma a construção dos objetivos para cada sessão.
PLANO DA INTERVENÇAO
Dois aspectos fundamentais;
ü Demarcações
das relações de Pedro com a família, amigos e escola.
ü Esclarecimento
com a Mae de Pedro sobre a forma em que ela estava vivenciando as dificuldades
do filho, gerando em ele comportamentos indesejáveis por ela.
No
primeiro aspectos foram realizadas descrições de eventos por meio de desenhos e
figuras, expressando a modificação que pode ser feita entre as relações de
Pedro com a família, amigos e escola.
No
segundo aspecto foi trabalhado com a mãe por meio de descrições de eventos e reflexões
questões da maternidade, da educação e desenvolvimento do filho e também foi
tratada a dificuldade de não deixar a os filhos em realizar suas próprias escolhas.
EVOLUÇAO CLINICA
O desenvolvimento de Pedro com as
tarefas dentro da terapia mostro muita criatividade, ele tinha que elaborar
desenhos da família, coisas das quais ele gostava realizar, comer, desenhos da
escola e das profissões, ele se mostro muito atento e sem nenhum problema de concentração
pelo contrario muito motivado na realização da tarefa. Nos confesso que não tinha
amigos, só contava com o irmão e dois primos que brincavam com ele, e o tempo
todo passava do lado da mãe dentro de casa, confesso o medo de ficar sozinho no
escuro, e sobre a escola dizia que não gostava porque tinha que ficar olhando
para o quadro e não realizava tarefas que tenham a ver com seus livrinhos, e os
colegas não queriam brincar com ele e que nunca encontrava companheiro para o
jogo.
Por meio dos desenhos foi estimulada a compreensão
do Pedro sobre a problemática na escola, diferenciando por conta própria de
forma independente as atividades que ele gostava de realizar e identificando as
que não, construindo espontaneidade.
Com relação a os colegas da escola Pedro
percebeu que ele estava realizando escolhas que contribuíam para que se sentisse
sozinho, sendo melhor realizar amizade e apreender novas brincadeiras, então foi
descobrindo brincadeiras de bola, futebol, cartas, que promoveu a relação de
uma rede de relações, sem deixar de fazer aquilo que gostava. Dessa forma ele
percebeu que suas escolhas tinham participação direta na obtenção do seus
desejos, em consequência alterou sua dinâmica de ser por meio da psicoterapia mostrando
evidente amadurecimento com o decorrer da terapia tanto na realização de
tarefas quanto na sua relações e reflexões realizadas. A mãe dizia que o filho
estava mais tranquilo, características percebidas também pela professora, destacasse
uma mudança nas expressões verbais, todo isto conspirando a que ele possa
viabilizar seus desejos.
Como segundo passo a terapia com a mãe também
foi desenvolvida, já que a família desempenha papel fundamental na construção do
ser do individuo e precisa ser aplicada no processo psicoterapêutico.
CONSIDERÇOES FINAIS
Avalia-se que a psicoterapia nas relações
de Pedro, possibilitou mudanças em seu eu, refletindo sobre si mesmo, fez mas
do que assumir o que le foi imposto, e superou o dever-ser para situar-se no
poder-ser.
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